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11/10/2015

Saudade

Não vivo contra o tempo apesar
Do tédio de o ter e não ter,
Vivo enfadado a escusar
A vidinha que não sabe morrer.

Ó cilício vivo
Não me deixo a esquecer,
Não me larga o sentimento,
Algoz em telúrico assento,
De uma memória por viver...

E as palavras, meu amor
Não sabem amar.
As palavras têm varizes 
Que nos impedem de caminhar.


Paulo Anes

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