Escabreio-me
Ó inquietação infiel,
Que só não o és,
Ou deixas de o ser,
Porque eu tenho papel
E um poema p'ra escrever.
Paulo Anes
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19/09/2016
11/09/2016
Enlouqueci, claro...
Meio rumor, meio algazarra,
Meio clarim a atroar a meias
Antífonas, desesperos repetidos,
Dores no osso de ser daqui,
Danças peadas,
Oásis sem chão,
Crianças azoeiradas
Entre sim e não .
Ó Pais-Nossos que estais na terra,
Rabos-leva envilecidos
Invictamente vencidos
Teimosamente achados por perdidos.
E vós, também, ó Mães-Maria
Cheias de meia graça,
Meias sensações de intervalo,
Meias semi-dança
Meias de tanto esteio
Que tanto seio cansa
(Evoé! Evoé!...
Santa Maria Mãe de Deus
Dái-me pecados só meus...)
Eis os lares charros da loucura!...
Compreendo o que compreendo.
Rio do resto.
Paulo Anes
09/09/2016
Ainda bem que tudo é sonhar
Sou, agora, um menino do avesso.
Sonho que sonho,
Penso que penso.
Semeio visões
Castelos no ar.
E pelos serões,
Pelos ecos da romaria,
Sei que os castelos irão desabar
Numa qualquer tirania
Incapaz de vir ver o dia
Incapaz de viver o mar.
Sonho que sonho
Penso que penso...
Ainda bem que tudo é sonhar.
Paulo Anes
Sonho que sonho,
Penso que penso.
Semeio visões
Castelos no ar.
E pelos serões,
Pelos ecos da romaria,
Sei que os castelos irão desabar
Numa qualquer tirania
Incapaz de vir ver o dia
Incapaz de viver o mar.
Sonho que sonho
Penso que penso...
Ainda bem que tudo é sonhar.
Paulo Anes
06/09/2016
Que fique entre nós
Fomos procela impante,
Evangelho apócrifo descoberto,
Música, refrigério, riso, dança,
Paroxismo túmido aberto
Corpos e nudez que não cansa.
Fomos dois uma só criança
A tramar o universo.
E era sincera a sinceridade
E tudo era verdade
Como num verso.
Que fique entre nós...
Para além de esgares e sinais,
Pensar é sentir de menos
E falar demais.
Paulo Anes
Evangelho apócrifo descoberto,
Música, refrigério, riso, dança,
Paroxismo túmido aberto
Corpos e nudez que não cansa.
Fomos dois uma só criança
A tramar o universo.
E era sincera a sinceridade
E tudo era verdade
Como num verso.
Que fique entre nós...
Para além de esgares e sinais,
Pensar é sentir de menos
E falar demais.
Paulo Anes
04/09/2016
Bela aparição, a do dia...
Bela aparição, a do dia...
Alumiado em quarto crescente,
Qual deusa que se anuncia
Deusa-mãe de um pai ausente.
Nascem crias de promessas
Mãos cheias de mãos intensas,
Visões inflamadas de andanças
Onde tu, só tu, pedes meças
Às minhas terríveis lembranças.
Paulo Anes
Alumiado em quarto crescente,
Qual deusa que se anuncia
Deusa-mãe de um pai ausente.
Nascem crias de promessas
Mãos cheias de mãos intensas,
Visões inflamadas de andanças
Onde tu, só tu, pedes meças
Às minhas terríveis lembranças.
Paulo Anes
01/09/2016
Natureza morta com uma ponta de vida
Galeria
Cio
Arte
Livraria
Parque
Rio
Pio
Correria
Ar
Mar
Mestre
Morrer
Matar
Agreste
Preguiçoso
Mulher
Amar
Nexo
Seboso
Crer
Terra
Pedra
Merda
Colher
Massa
Monte
Maçã
Foder
Ponte
Razão
Paixão
Birra
Fetiche
Irra
Conto
Magia
Praça,
Museu
Corvo
Cotovia
Inferno
Céu...
Formas cansativas
De dizer Eu.
Paulo Anes
Cio
Arte
Livraria
Parque
Rio
Pio
Correria
Ar
Mar
Mestre
Morrer
Matar
Agreste
Preguiçoso
Mulher
Amar
Nexo
Seboso
Crer
Terra
Pedra
Merda
Colher
Massa
Monte
Maçã
Foder
Ponte
Razão
Paixão
Birra
Fetiche
Irra
Conto
Magia
Praça,
Museu
Corvo
Cotovia
Inferno
Céu...
Formas cansativas
De dizer Eu.
Paulo Anes
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