Se fossemos a sumir
Do que morremos?
Se fossemos a mar ?
Amar alto.
Se fossemos, vamos.
Conversaremos durante a viagem.
Paulo Anes
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28/02/2017
21/02/2017
09/02/2017
Mãe que ou teu?
Mãe...
Onde está
O menino
Do mundo a haver
Que das histórias de encantar
Te ouvi contar?
Mãe,..
O menino morreu?
Mãe...
O menino sou eu?
Paulo Anes
Onde está
O menino
Do mundo a haver
Que das histórias de encantar
Te ouvi contar?
Mãe,..
O menino morreu?
Mãe...
O menino sou eu?
Paulo Anes
06/02/2017
Desfiando ladainhas
Ouço - diz-se - do vento sueste
Pecados genuínos imortais,
Virtudes, defeitos teologais,
Quimeras no dorso de uma peste.
Ouço colos-ladainhas
Desfiando terços ao mugir da aurora;
Barões que pegam p'los cornos rainhas
E uma dor-mor que implora
Não por ouvidos ais
Mas por lágrimas reais.
Ouço, também,
(Santa mãe!)
Hálitos empestados de ciprestes
Virtudes, defeitos teologais,
Quimeras no dorso de uma peste.
Ouço colos-ladainhas
Desfiando terços ao mugir da aurora;
Barões que pegam p'los cornos rainhas
E uma dor-mor que implora
Não por ouvidos ais
Mas por lágrimas reais.
Ouço, também,
(Santa mãe!)
Hálitos empestados de ciprestes
Que levam os dias a incomodar a vida,
Que levam as noites a decepar os mestres.
E de tanto ouvir, digo eu,
Ouço, enfim, um livro aberto;
Órfão único do Invisível,
Irmão gémeo do Impossível,
Filho incógnito do Incerto.
Que levam as noites a decepar os mestres.
E de tanto ouvir, digo eu,
Ouço, enfim, um livro aberto;
Órfão único do Invisível,
Irmão gémeo do Impossível,
Filho incógnito do Incerto.
Paulo Anes
02/02/2017
O fumo de um cigarro triste
O propósito
É não ter propósito nenhum
Emprestar ao tempo a idade
Num qualquer lugar comum
Onde por acaso sumiste
Onde atirei à eternidade
O fumo de um cigarro triste.
Paulo Anes
É não ter propósito nenhum
Emprestar ao tempo a idade
Num qualquer lugar comum
Onde por acaso sumiste
Onde atirei à eternidade
O fumo de um cigarro triste.
Paulo Anes
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