Há na saudade
pungente
Uma ferida, um desejo,
Uma giesta, um beijo,
Sem tentação que o tente,
Uma giesta, um beijo,
Sem tentação que o tente,
Uma seara apagão,
Uma só ténue lembrança,
Berço-eira em comunhão,
Que não passa da esperança.
Berço-eira em comunhão,
Que não passa da esperança.
E na saudade agonia,
Onde eu vivera ou vivia,
Em movimento de fado,
Corre uma dor lancinante
Que embala a todo o instante
Como um ferrão tresloucado,
A ausência de ti em tudo
Mesmo do que é recordado.
Em movimento de fado,
Corre uma dor lancinante
Que embala a todo o instante
Como um ferrão tresloucado,
A ausência de ti em tudo
Mesmo do que é recordado.
Paulo Anes
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