Choramos muito.
O que falta?
Amamos pouco.
Porque temos?
Paremos.
Beijemo-nos apenas.
Beijemo-nos nas manhãs
ceias
Iguais às cores loucas
Que mergulham em luas
cheias
Como um açoite
Nas nossas bocas.
Paremos.
Beijemo-nos apenas.
Beijemo-nos como
actores
Dos lugares ternos
Sem crepúsculos negros
De tristeza
Nem carrascos íntimos
De força ou de fraqueza.
Paremos
Beijemo-nos apenas...
Paulo Anes
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