O dia inteiro à espera
Do que é preciso que não doa muito.
Falta um ombro
Onde a cabeça em balada
Aprenda a saber
E aprenda a saber deixar de saber.
Ombro de infinito e infâmia,
Que me liberte da ternura das palavras
Que absolvem os homens;
Que ensine a dor como fonte,
O crime como inevitável,
A consciência do crime como necessidade...
Sem bençãos que amoleçam
Nem lágrimas que me aparem os golpes.
Paulo Anes
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