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17/09/2015

Ode à Incerteza

Amo as portas abertas
Ao medo que o caminho tem
Do próprio ventre. O arvoredo passa.
Ao léu as folhas falavam.

Palpito inquieto do nunca
Ao não faço barulho no que há.
Amo os montes e as ervas e o mar
E o vento aos pés.

Aceito, pois, com incerteza assídua,
Carregar o esforço de que é fraqueza
Dar hordas de grandezas à vida
Nos jardins sem escombros.

Facilmente ancoramos leves,
Aparte o nós que nada longe no mundo lá
Que sossega a fraqueza e serve 
A força que nos serve.

Em mim, canto a esfinge 
A ideia de ondas que não afogam.
Canto o arvoredo que passa
Ao léu das folhas que falavam.


Paulo Anes

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